quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Há 14 anos atrás ...

Uma tarde de novembro. Mais precisamente 9 de novembro de 1997. Não lembro o que nos fez a chegar a conclusão de que deveríamos ir a igreja naquele dia. Eu tinha 7 anos de idade, antes disso nunca tinha entrado numa igreja evangélica na vida. Era domingo, fomos para o culto da noite. Eu, vó, pai e mãe. Penso que provavelmente estávamos passando por algum problema, afinal o que faria uma família católica, não muito praticante, ir a uma igreja evangélica num domingo? Meu pai era desviado há alguns anos, acho que foi ele quem resolveu que iríamos a Batista. Lembro da gente chegando, das pessoas nos recebendo, de como era novo aquilo tudo pra mim. Lembro da minha roupa, um vestido lilás com botões que pareciam pérolas, lembro da minha timidez também. Lembro de ver meus pais e minha vó se levantando e caminhando até lá na frente na hora que o pastor fez o apelo. Ao vê-los caminhando em direção ao altar mesmo sem entender muito bem o que estava acontecendo eu fui também. Naquela noite aceitamos Jesus. Mesmo sem saber o que de fato estava fazendo alguma coisa me dizia que era bom.
De lá pra cá muita coisa aconteceu, eu descobri porque estava ali e gostava de estar. Aprendi sobre Deus, conheci seu amor e conheci pessoas que também o amavam. Aprendi a amá-lo também, aliás, tenho aprendido até hoje.
O tempo passou, muitas coisas mudaram na família, na igreja, de igreja. Eu mudei. Parte da mudança foi Ele quem fez e faz até hoje. Não vou dizer que foi fácil e que é fácil, afinal são 14 anos de caminhada. Queria muito dizer que também foram 14 anos de relacionamento, mas eu vou chegar lá! Durante esse tempo houve momentos que vou guardar pra sempre na lembrança, tanto os bons quanto os ruins. Hoje olho os dias que não foram tão bons com gratidão, mesmo que em alguma época eu cheguei a pensar que Deus não estava vendo ou cuidando, hoje eu vejo que Ele sempre cuidou de tudo com um amor surpreendente. Amor de Pai. Também passei pelos "inevitáveis invernos da existência", dias frios, apáticos e sonolentos... Tenho lutado até hoje para estar cada vez menos sonolenta. Sim é uma luta diária para não cair no comodismo porque uma coisa puxa outra. Da apatia a frieza, da frieza ao comodismo, do comodismo a negligencia e por aí vai. Depois que a gente se acomoda em uma posição confortável não é fácil resolver sair dela, por isso é necessário uma luta diária para não se acomodar e "cochilar".  Existem ciclos na vida, hoje eu  percebo que estou bem no meio de um e eu não posso estar dormindo. Mesmo que seja difícil é preciso estar de pé, caminhando, lutando. Não quero ser um espectador afinal é a minha vida, quem atua sou eu e quem "mexe os pauzinhos" lá do alto é Ele. Até mesmo no esperar eu sei que estou caminhando e lutando e buscando.
Começou na minha família por nós quatro naquele domingo de novembro há 14 anos atrás, depois a família toda foi se "rendendo"  ao amor e cuidado de Deus. Todos os filhos, noras, genros e netos da vó estão na igreja. Que orgulho e alegria dá saber disso! Como eu disse muita coisa mudou (ah se eu fosse para pra escrever tudo aqui nem sei quantos posts dariam...) e papai se perdeu no meio do caminho, justo ele que foi a isca usada por Deus pra nos alcançar. Mas eu creio que ele vai voltar, e peço a Deus todos os dias isso.
Eu continuo na minha caminhada e que venham mais 14 e mais 14 e mais 14 até a obra estar completa e eu me encontrar com Aquele que tanto me ama. E enquanto isso eu vou continua firme e de pé! 


Ps: Corrigindo o que eu escrevi lá em cima: eu já havia entrado numa igreja evangélica sim antes desse dia, só que eu não lembrava direito e só agora relendo esse texto isso me veio a mente! :)

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Milímetro

Pode ficar, se tiver que ficar
Pode ir, se tiver que partir
Estou sem medo de reestruturar
Minha vida a partir do partir

Tudo está a se repetir
Nada é novo por aqui

Como um milímetro de um segundo
É a minha existência no mundo

Tudo está a se repetir
Tudo está a se repetir
Nada é novo para Ti





















por Daniela Araújo